Inf: Tuberculose

 


RICE : Isoniazida (Hidrazida) , Rifampicina, Pirazinamida, Etambutol / + Rifampicina, Isoniazida



No momento do diagnóstico devem ser identificadas todas as pessoas consideradas como contactos próximos do doente. São definidos como contactos próximos as pessoas com 8 ou mais horas cumulativas de contacto (durante o período de contagiosidade) nos casos em que o doente tem baciloscopia positiva, ou com 40 ou mais horas cumulativas de contacto (durante o período de contagiosidade) nos casos em que o doente tem baciloscopia negativa e cultura positiva para Mycobacterum tuberculosis.

O rastreio de contactos é constituído por duas fases: na primeira é efetuada a exclusão de doença ativa com aplicação do inquérito de sintomas e a realização da radiografia pulmonar (Opção E); na segunda fase utilizam-se os testes tuberculínico (TST) e IGRA (Interferon-Gamma release assay) nos imunocomprometidos e apenas o IGRA nos imunocompetentes para avaliar a existência de resposta imunológica adaptativa ao Mt. Perante a suspeita de doença - presença de sintomas ou alterações radiológicas sugestivas - deve-se proceder ao estudo do doente com colheita de produtos para estudo micobacteriológico. Após a exclusão de doença ativa, a interpretação do teste tuberculínico e do IGRA deve ter em consideração o grau de imunocompetência do individuo. A profilaxia, se o doente for elegível, deve ser feita com isoniazida durante 6 meses.


----

Caso de Doente a iniciar terapeutica biológica e com necessidade de fazer rastreio de TB ativa:

1) excluir história prévia sem tratamento adequado

2) contacto com caso +

3) FR epidemiológicos

O quadro refere-se a uma uveíte associada a HLA-B27 (não foi identificada alteração no estudo etiológico da uveíte sugestivo de patologia sistémica, além da expressão de HLA-B27) insuficientemente tratada com esquema de indução com corticoterapia. Em virtude deste quadro, foi proposta introdução de terapêutica biológica com um fármaco do grupo anti-TNF, o golimumab. Por este motivo, torna-se imperativo fazer rastreio da tuberculose latente, uma vez que nada aponta para doença ativa (sem febre, tosse, hipersudorese noturna, raio-X torácico normal). No caso dos indivíduos candidatos a terapêutica biológica, o primeiro passo a seguir à exclusão de doença ativa é a exclusão de (1) história prévia de tuberculose sem tratamento adequado, (2) história de contacto com caso de tuberculose e (3) fatores de risco epidemiológicos de tuberculose. Imigrantes de áreas com prevalência elevada da tuberculose (África do Sul é o país com maior incidência de tuberculose no mundo) são elegíveis para o tratamento da tuberculose latente, para o qual está indicada isoniazida durante 9 meses (Opção B) – Manual tuberculose e micobactérias não tuberculose da DGS.

----

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Cardio: Valvulopatias

Inf: Pneumonia

Pneumo: Asma